' Talvez eu deva me desprender de tudo isso. Um vinho noturno, quem sabe?
Bem, eu sei. - músicas gélidas acompanham "melhores" momentos nesta mesa florida. Folhas secas, e algumas pedras semi-preciosas. E daí?
Enquanto meus olhos descançavam na relva coberta de lã e travesseiros de pena...soube que por momentos tu estaria ali, nos próximos momentos, momentâneamente, mas estaria...
A vida em poucas cores, o inverno chega. Parece ser tudo preto e branco, até as mais belas fotografias coloridas. Passar a vida como um telespectador medíocre ou dançar na chuva do meu jardim como personagem principal? Uma escolha a se fazer...eu fiz a minha. E tu?
Espero viver um romance de Kerouac, não, de Kerouac não...não penso em ter um amor de beira de estrada e ficar com dedos amarelos por cigarros vagabundos. Então, um romance chato de qualquer escritor mal falado no fundo da estante de um sebo da rua de trás da próxima adjacente. A vida continua, ou não.
Agora tu fica aí, sentada, sentada..pensando, porém, ainda...sentada.
Faremos o seguinte...troque o "ada" por "ir". Já que a palavra só, provém de um verbo solitário, vá, mas vá bem longe. Agora tu encherga? Pessoas de bons olhos, podem ser cegas de coração, ou colocam no pobre, um óculos escuro a noite.
A tarde, estarei sentado naquele mesmo banco azul, lendo aquele mesmo livro de poesias sobre rock, usando a mesma jaqueta de couro..e com o mesmo cruzar de joelhos. Sente-se, e fique a vontade para sempre. Agora me entende? Não sei desenhar. Mas escrevo muito bem.
Ok. Chega de frases embaralhadas.
Sim ou não?
Olhe, isso, olhe lá. Esta vendo?
Lá longe, junto com o trem, o maquinista anuncia mais um invernos de poucas cores...
...de imagens em preto e branco. '
by Rafa Borghetti
...para um novo olhar verde.
Acompanhante final: Diane Birch cantando Ariel.
