Escrito à penas:

"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar vale a pena ter nascido"
"Cigarros são a forma perfeita de prazer : elegantes e insatisfatórios"
"O diabo é muito otimista se pensa que pode piorar os homens"
"Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro"
"A maior dor do vento é não ser colorido"
"A beleza está em todos os cantos, depende apenas dos olhos geniosos de quem observa o infinito"
"A solidão não é estar sozinho e sim fechar seu coração"
"A vida é aquilo que acontece enquanto você planeja o futuro"

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um passeio pelo cosmo.




Ele observa cada detalhe do infinito, sabe que a cada curva espreita-se algum mistério astral. Assim deseja, sentir-se livre como as nuvens e amado pelo céu.
Os desejos mais sacanas, os sentimentos mais puros, as ações mais aleatórias, companhias...
Por entre cordas naturais flui o amor psicodeliciosamente novo com sabor de discos de vinil, dançando cada nota musical entre as linhas do subconsciente. Uma incrível facilidade de perceber as coisas como elas realmente são, ou quem sabe como deveriam ser, manipulando-as como jarros de barro mole... Fazendo delas um emaranhado de cores, paz e movimentos pelo cosmo.
Este é Christhianz, um carcamano e tanto, um jovem rapaz dos velhos tempos.


* Release sobre o músico e amigo Chris, em seu projeto (que está em gravação) 'Christianz and The Phasers'. Acessem seu myspace: http://www.myspace.com/christhianzandthephasers


by Rafa Borghetti.



...para um aterno malander.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Desapego indesejado.

Aprendi a lidar com personalidades metamórficas, sorrir diante tua cumplicidade, acariciar tua tristeza, abraçar-te por puro desejo corporal e de esperar o tempo apontar para o que nos espera...depois, daqui a pouco, a seguir e assim por diante.

Entendemos nossa vontade. Respeitamos o que vier.



by Rafa Borghetti



...para a distância que se cria.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Touch me, baby.

"Riders on the storm, into this house we're born, into this world we're thrown,like a dog without a bone, an actor out alone, riders on the storm..." ♪♫♪♫

Da vitrola, Morrison cuspia fascinação, transcendia a morte de forma doce e eloquente.
Assim, olhei-me na imagem distorcida de uma janela noturna, o pouco que vi foi o suficiente. O suficiente, meu eu e ações a seguir.
Latas de cerveja espalhadas pelos cantos, decorando o vazio de alumínio, embevecendo o chão, lajotas de madeira. Um sofá.

Abriu uma cerveja, misturou-a com um pouco de coke (uma herança alemã em seu corpo magro de italiano).
Sentiu-se escravo de tudo que havia ao seu redor, contemplou prédios avistados.

Ascendeu um cigarro, fechou os olhos, deu uma profunda e longa tragada e projetou-se para fora da sacada. Eram apenas sete andares entre o céu e a terra, podia sentir o sabor. Então ele voou para o infinito, enquanto caía, se arrependeu. Queria voltar e mudar tudo. Sorriu, nunca em sua vida sentiu-se tão vivo.

Acabou.
De forma rápida e egoísta. Édipo.
Seu corpo esfacelando por sobre o asfalto molhado, daquela noite de verão em uma madrugada chuvosa.

"This is the end, beautiful friend, this is the end, my only friend, the end, of our elaborate plans, the end, of everything that stands, the end, no safety or surprise, the end, i'll never look into your eyes, again..." ♪♫♪♫

Apenas o vi caindo. Eternizou-se.
Suicídio em minha terceira pessoa.

Sem coragem de abrir a porta de vidro, dei de ombros.
Um cigarro de boa noite, juntei meus trapos, caminhei no corredor escuro transformando-o em estrada, atirei-me em meu leito.
- Não dou a mínima, minha garota. Apenas me ame enquanto a noite durar, uma vez mais.



by Rafa Borghetti



...para a vida no subconsciente.



apenas o escuro.