O roteirista chora por um final não escolhido. Final? Oculto!
Ele ouve a voz do diretor socar-lhe os tímpanos...
Cantarolando canções de liberdade fez de conta que estava novo em folha, renovado. Mas não estava. Contracenar com a vida real.
Virando a página do dia por detrás do sol que se esconde no Guaíba: SILÊNCIO! Escute a trilha sonora.
Quase todos os dias receberá um novo roteiro. Cabe a ele o que.
Sou, apareço, cresço, brinco, pulo, minto.
Cresçer, viver e reviver. Tudo não passa de meras cenas.
O amor, ah! O amor.
A dor, oh! A dor.
Por vezes aqui, por vezes acolá. Não importa, me encontro dentro de mim, dentro de ti e por entre rins diários.
Lábios trogloditas.
Corpos em chamas.
Aparências lúgubres...
Contigo é sigilo, com ela é status.
Com uma qualquer, prazer. Prazer visceral.
Dentes afiados, carne molestada, sorriso inculto...meu segredo absoluto.
Seja profundo. Seja você.
CORTA! Deu de ombros, por de fronte ao espelho..chorou.
by Rafael Borghetti
...para o teatro diário.

Será o ator, a exemplo do poeta, um fingidor, por fingir tão completamente, que até finge que é dor a dor que deveras sente? A frase do grande Pessoa cai como uma luva?
ResponderExcluir[...]Fiz de mim o que não soube
ResponderExcluirE o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.[...] Fernando Pessoa, in Álvaro de Campos
Gostei de seus escritos!
Abraço
Como gostei de estar aqui. Tua escrita é mesmo uma ARTE.
ResponderExcluirAbraço!
Boa tarde! Pessoa faz parte dos meus dias, sempre bom ter uma agaradável visita de seu versos. Agradeço a presença de todos, de coração! Obrigado e voltem sempre!
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